Pessoal, todos nós já cansamos de falar que o quadrinho nacional não dá pé, que tem muito amadorismo, obras sem empatia, autores que não aceitam uma crítica etc.

Mas, agora vem uma pergunta que criei coragem para fazer aqui, com todos vocês: o que, de fato, daria certo em produção de quadrinhos nacionais (HQ ou Mangá) de uma forma que cativasse brasileiros e estrangeiros ao mesmo tempo?

É que eu penso em elaborar roteiros, criar universos, personagens e tudo mais - de uma forma que seja focado em instigar os leitores e fidelizá-los.

Já cansamos de falar sobre o que não funciona, mas que vocês acham que funciona?
O que cativaria o brasileiro? Faria ele pegar o seu gibi e ler com gosto?
Será que dá para agradar brasileiros e estrangeiros ao mesmo tempo?

E como fazer uma obra com responsabilidade social e cultural com o nosso povo, o brasileiro?

Ficam estas perguntas para o debate que inicio aqui.
Mãos à obra!

Clanker escreveu:

E como fazer uma obra com responsabilidade social e cultural com o nosso povo, o brasileiro?

Pense em termos de diversão e deixa essa merda de lado.

Kamen Rider escreveu:

Clanker escreveu:

E como fazer uma obra com responsabilidade social e cultural com o nosso povo, o brasileiro?

Pense em termos de diversão e deixa essa merda de lado.

Claro que sim!
Longe de mim fazer uma obra com o intuito de ensinar alguém ou com moralzinha de botequim.


Eu digo quanto a postura do autor ante seu público e sua cultura não com o conteúdo em si de sua obra.

fácil, e´só nascer um escritor muito bom no brasil, que ainda não existe.

leonelr escreveu:

fácil, e´só nascer um escritor muito bom no brasil, que ainda não existe.

Mas sério: pra começar legal tenha personagens cativantes e não fique nessas merdas de brasilidade tipo cangaceiros, saci, boi bumba e a avó do badanha.

Tem algo ai dos seus personagens pra gente dar uma olhada?

Kamen Rider escreveu:

leonelr escreveu:

fácil, e´só nascer um escritor muito bom no brasil, que ainda não existe.

Mas sério: pra começar legal tenha personagens cativantes e não fique nessas merdas de brasilidade tipo cangaceiros, saci, boi bumba e a avó do badanha.

Tem algo ai dos seus personagens pra gente dar uma olhada?

Não tenho nada - por enquanto.
O material que eu tinha era datado, sem empatia, feio e refletia meus gostos pessoais ao invés de algo focado a instigar o leitor.

Eu fico pensando no QUÊ poderia instigar o brasileiro.
O que agrada esse povo?

Sem cair no professoralismo e ufanismo ou no uso do gosto pessoal acima dos gostos dos leitores.

Quebro a cabeça em tentar bolar alguma coisa, mas complica.

Faça as perguntas certas:

- O que as pessoas gostam de ler?
- O que as pessoas gostam de COMPRAR para ler?
- O que as pessoas FORA DOS CÍRCULOS DE AFICCIONADOS POR QUADRINHOS gosta de fazer como passatempo ou mesmo apreciam como entretenimento?
- Esses passatempos envolvem imersão em MUNDOS DE NARRATIVAS FICCIONAIS? Ex. assistir a filmes, seriados de TV, novela, ler um livro? Jogar um videogame com contexto/background elaborado? Lembre-se que tem gente que se diverte fazendo cruzadinhas ou sudoku, ou derrubando bichinhos no Angry Birds ou cortando frutinhas num iPhone/iPad. Ou tentando pôr em prática as receitas de macramê ou culinária que o Bk diagramava para garantir uns trocados! E tem aqueles que gostam de ler aqueles livros não-ficcionais sobre fatos históricos (1822, Corações Sujos, Maria Erótica e o Clamor do Sexo/Guerra dos Gibis 2, Homens do Amanhã) ou variedades como Guia dos Curiosos.
- Essas narrativas ficcionais mais populares tem relação com a realidade do brasileiro ou vão muito mais pelo lado escapista absurdista, como os seriados Dexter, Game of Thrones, Sherlock, e o live-action de Maison Ikokku?
- Caso você aceite que existe ficções populares produzidas aqui no Brasil embasadas na realidade brasileira, LISTE-AS. Deu tudo telenovela e filmes populares? Azar!
- Faça pesquisas informais com pessoas de seu círculo de relacionamento NÃO LIGADAS a quadrinhos. Tente descobrir o que existe nessas ficções populares brasucas QUE AS ATRAIA. O que é interessante para elas, e o que as convenceria a comprar um gibi, já que normalmente não o fazem.

- A gente anda sobre uma terra arrasada, em que existe pouquíssimas obras de ficção com objetivo comercial QUE REPERCUTEM COMO POPULARES. E como bem lembrava a saudosa preta véia, ESTÁ TUDO POR FAZER, se NADA EXISTE, TENTE PREENCHER O VAZIO!!!

- No meu entender, mais do que fazer derivativos de obras de sucesso, emulações de ficções que funcionam muito bem no estrangeiro mas que ofecerecem SÉRIOS PROBLEMAS de adaptação, a começar pelo RIDÍCULO (vide a versão brasileira de “Desperate Housewifes”, um dos trecos mais constrangedores em que pus os meus olhos, e olha que já assisti a muitas crias de cineastas brasucas beneficiados pela Embrafilme nos anos oitenta).

A menos que me provem por A + B o contrário, EXISTE UM VAZIO, um potencial de leitores que NÃO É NEM ATENDIDO PELOS COMICS MAINSTREAM, NEM ATENDIDO PELO MAURÍCIO DE SOUZA, Turma da Mônica Jovem inclusive, nem pelos Mangás! Tem gente comprando adaptação de quadrinhizações de clássicos literários de vestibular, e eu lembro nitidamente daqueles livros de aventuras de autores como Marcos Rey, como o Mistério das Cinco Estrelas, Xisto, A Mina de Ouro, TUDO LEITURA EMBASADO EM REALIDADE BRASILEIRA!!! E devido à ABSOLUTA INEXISTÊNCIA de quadrinhos tentando EMULAR este tipo de ficção, ou, pelo menos, brincar com a pseudo realidade das telenovelas para recriar tramas humorísticas, dramas, ou mesmo TERROR, eu me pergunto:

POR QUE NÃO?




Por isso a pesquisa é superimportante: MINHA DESCONFIANÇA É APENAS MAIS DESCONFIANÇA do que algo garantido. E pior, opinião suspeita de nerd quadrinheiro!!!

Vá direto na fonte, pergunte ao PÚBLICO COMUM que NÃO CONSOME QUADRINHOS o que o faria, no mínimo, FOLHEAR UMA por achar curioso o conteúdo anunciado na capa!
Quando for reunir todo o levantamento, é óbvio que as primeiras ideias gerarão um frankenstein, colcha de retalhos e um monte de palpite desencontrados, conflitantes mesmo, um anulando ou negando o outro aspecto! Organize-se, liste, filtre.
O filtro final é seu gosto pessoal e sua intuição! OUÇA-A também! Se desconfiar que ela é muito condescendente com o que você está fazendo, TENHA CERTEZA que há alguma coisa errada, dispare o alarme, tente compilar a juntada de ideias e SUBMETA-A novamente ao público não quadrinheiro. Mais de uma opínião, faz favor! Garanto que a correção de rota sai rapidinho!

Lembre-se da preta véia: a quantidade de versões descartadas de ideias e de retrabalho e maturação foi ABSURDA!!!! Mas ele chegou num resultado, no mínimo, intrigante e muito bem embasado! É falácia minha, é cisma e pode não ser verdade, mas, eu acredito que o povo em geral RESPEITA O TRABALHO QUE SE APRESENTA E APARENTA TER SIDO MUITO TRABALHADO!!!

na verdade não precisa de nada disso.
é só fazer algo muito bem feito e divertido, com roteiro e desenho excelente. não existe isso por aqui. vai vender feito água, inclusive em outros países. nível alan moore, o roteiro. e xenozoic, os desenhos.

Respostas vagas do tipo “algo muito bem feito e divertido, com roteiro excelente, desenho excelente” não adiantam PORRA NENHUMA!!!!!!

Faz favor, lista AGORA os critérios seus para uma história em quadrinho ser bem feita.
Na sequência, lista os critérios para ser DIVERTIDA.
Critério de excelência em texto.
Critério de excelência em roteiro.

O falecido BK apregoava alguns critérios muito simples, e que me parecem de fácil reconhecimento como válidos... e de DIFICÍLIMA EXECUÇÃO:

“História bem feita é aquela que deixa SUA ALMA DE PAU DURO!!!!!”

Tem jeito não, cê quer criar coisa de impacto, tem que descobrir O QUE CAUSA IMPACTO nas pessoas! E se puder aprender PORQUE AQUELE TRECO impactou tanto as pessoas, melhor! Chama-se método para gerar aprendizado, conhecimento teórico e lições práticas! Tem que ser mentalidade sim de curso de desenho, tem que gerar aprendizado para pôr em prática! E com a coragem de se perceber que, se você fracassou em enquadrar o sucesso numa fórmula reprodutível, há uma chance de 90% de ser porque você SIMPLESMENTE ERROU na hora de definir quem foi o real responsável pelo sucesso da obra de exemplo.

Agora o critério da preta véia é foda!!!!! Há alguns consensos, do tipo, o público que vai consumir sua história é tão ser humano quanto você que está escrevendo, logo, o critério de algo que te abala as estruturas, te toca mesmo na alma conseguir tocar a alma de outras pessoas com gostos e preferências totalmente diferentes da sua é totalmente plausível, e me parece um critério ao qual podemos nos fiar....

Agora, caralho, como é que escreve um NEGÓCIO QUE MEXE COM A PORRA DA ALMA DE NÓS MESMOS ENQUANTO ESCRITORES? E do tipo que sai do gueto, sai da nerdice e tem alcance HUMANO?!

Outro critério de boa história que auxilia o primeiro, chupinhado da preta véia: SIMBOLOGIAS!!!!! METÁFORAS!!!! Situações que por mais arbitrárias que sejam, APARENTEMENTE NÃO SOAM CHUTADAS aos olhos de quem acompanha a trama!!!

Por quê?! Vejamos o Mil Nomes: o menino que morre e no pós-morte, na suprarealidade, descobre que é uma entidade antiquíssima, que tem como companheiras uma menina que é um avatar da vida, e outra que é um avatar da morte. Vida e Morte, e o HOMEM no meio. Simbolismo, PORRA!!!! Tava na porra dos podcasts do falecido (nos blogs do Dr Bias e do The Fool tem link para baixar).

O puto do Zé Roberto ainda de quebra tinha um critério que me fazia todo sentido do mundo para classificar um bom desenho: MÍDIA MULTIPLATAFORMA E FACILIDADE DE REPRODUÇÃO!!!!

Bonecos com proporção de 2, 3 cabeças, simplificados e estilizados, servem tão bem aos quadrinhos como também para animação, games, capas de caderno. MULTIPLATAFORMA!!!!! O quadrinho ou o livro como base ficcional para o grande sucesso que é ATINGIR AO COMÉRCIO, com personagens de fácil reprodutibilidade que facilmente podem ser vendidos à empresas para patrocínio ou mesmo para propaganda!!! MÍDIA INDUSTRIAL, lembre-se disso!!! Trabalho comercial, pode ser o anódino sem sabor mas que funcionou, como as princesas do mar, do Yabu, ou algo que (pelo menos eu achei) seja legal como a Liga dos VJ Paladinos, que chegou até a virar capa de caderno!

Cê não precisa aceitar os critérios da preta véia! TENHA OS SEUS PRÓPRIOS CRITÉRIOS do que faz sucesso e do que não faz sucesso!!!! Mas já te dou uma dica: nem sempre ter um ótimo trabalho perante a crítica e mesmo perante o público (de nicho, restrito) que toma contato com sua obra GARANTE UM GRANDE RETORNO FINANCEIRO!!!! Pergunte por aí, não precisa acreditar em mim e nas histórias do velho Aoki que em suas andanças pelos anos 90 circulava muito pelo circuito de shows de artistas independentes da noite paulistana, ouvindo autênticos GENIOS da MPB, e que praticamente só conheci DOIS ARTISTAS que começaram assim humildes e acabaram sendo reconhecidos e ganhando fama (e não adianta me encherem o saco, perdi contato antes deles explodirem e depois que montei família, eu sumi): o Chico César e a Vanessa da Mata.

E cadê o resto daquele bando todo? o Kléber Albuquerque tá juntando uma grana pro CD via crowfounding, e parece que conseguiu. Sérgio Molina dá aulas na Faculdade de Música, a Míriam Maria só acompanho mesmo via facebook, junto com toda aquela mulherada nervosa que tocava junto com o falecido itamar Assumpção, outro gênio, que eu vivia enchendo o saco do Zé, dizendo que o “Nego Dito” era um tipo de BK da música brasileira!!! Tudo gente com um PUSTA TRABALHO, e continuam no circuito alternativo, de nicho!!!!!

E aí?!

Fernando Aoki escreveu:

Respostas vagas do tipo “algo muito bem feito e divertido, com roteiro excelente, desenho excelente” não adiantam PORRA NENHUMA!!!!!!

Faz favor, lista AGORA os critérios seus para uma história em quadrinho ser bem feita.
Na sequência, lista os critérios para ser DIVERTIDA.
Critério de excelência em texto.
Critério de excelência em roteiro.

O falecido BK apregoava alguns critérios muito simples, e que me parecem de fácil reconhecimento como válidos... e de DIFICÍLIMA EXECUÇÃO:

“História bem feita é aquela que deixa SUA ALMA DE PAU DURO!!!!!”

Tem jeito não, cê quer criar coisa de impacto, tem que descobrir O QUE CAUSA IMPACTO nas pessoas! E se puder aprender PORQUE AQUELE TRECO impactou tanto as pessoas, melhor! Chama-se método para gerar aprendizado, conhecimento teórico e lições práticas! Tem que ser mentalidade sim de curso de desenho, tem que gerar aprendizado para pôr em prática! E com a coragem de se perceber que, se você fracassou em enquadrar o sucesso numa fórmula reprodutível, há uma chance de 90% de ser porque você SIMPLESMENTE ERROU na hora de definir quem foi o real responsável pelo sucesso da obra de exemplo.

Agora o critério da preta véia é foda!!!!! Há alguns consensos, do tipo, o público que vai consumir sua história é tão ser humano quanto você que está escrevendo, logo, o critério de algo que te abala as estruturas, te toca mesmo na alma conseguir tocar a alma de outras pessoas com gostos e preferências totalmente diferentes da sua é totalmente plausível, e me parece um critério ao qual podemos nos fiar....

Agora, caralho, como é que escreve um NEGÓCIO QUE MEXE COM A PORRA DA ALMA DE NÓS MESMOS ENQUANTO ESCRITORES? E do tipo que sai do gueto, sai da nerdice e tem alcance HUMANO?!

Outro critério de boa história que auxilia o primeiro, chupinhado da preta véia: SIMBOLOGIAS!!!!! METÁFORAS!!!! Situações que por mais arbitrárias que sejam, APARENTEMENTE NÃO SOAM CHUTADAS aos olhos de quem acompanha a trama!!!

Por quê?! Vejamos o Mil Nomes: o menino que morre e no pós-morte, na suprarealidade, descobre que é uma entidade antiquíssima, que tem como companheiras uma menina que é um avatar da vida, e outra que é um avatar da morte. Vida e Morte, e o HOMEM no meio. Simbolismo, PORRA!!!! Tava na porra dos podcasts do falecido (nos blogs do Dr Bias e do The Fool tem link para baixar).

O puto do Zé Roberto ainda de quebra tinha um critério que me fazia todo sentido do mundo para classificar um bom desenho: MÍDIA MULTIPLATAFORMA E FACILIDADE DE REPRODUÇÃO!!!!

Bonecos com proporção de 2, 3 cabeças, simplificados e estilizados, servem tão bem aos quadrinhos como também para animação, games, capas de caderno. MULTIPLATAFORMA!!!!! O quadrinho ou o livro como base ficcional para o grande sucesso que é ATINGIR AO COMÉRCIO, com personagens de fácil reprodutibilidade que facilmente podem ser vendidos à empresas para patrocínio ou mesmo para propaganda!!! MÍDIA INDUSTRIAL, lembre-se disso!!! Trabalho comercial, pode ser o anódino sem sabor mas que funcionou, como as princesas do mar, do Yabu, ou algo que (pelo menos eu achei) seja legal como a Liga dos VJ Paladinos, que chegou até a virar capa de caderno!

Cê não precisa aceitar os critérios da preta véia! TENHA OS SEUS PRÓPRIOS CRITÉRIOS do que faz sucesso e do que não faz sucesso!!!! Mas já te dou uma dica: nem sempre ter um ótimo trabalho perante a crítica e mesmo perante o público (de nicho, restrito) que toma contato com sua obra GARANTE UM GRANDE RETORNO FINANCEIRO!!!! Pergunte por aí, não precisa acreditar em mim e nas histórias do velho Aoki que em suas andanças pelos anos 90 circulava muito pelo circuito de shows de artistas independentes da noite paulistana, ouvindo autênticos GENIOS da MPB, e que praticamente só conheci DOIS ARTISTAS que começaram assim humildes e acabaram sendo reconhecidos e ganhando fama (e não adianta me encherem o saco, perdi contato antes deles explodirem e depois que montei família, eu sumi): o Chico César e a Vanessa da Mata.

E cadê o resto daquele bando todo? o Kléber Albuquerque tá juntando uma grana pro CD via crowfounding, e parece que conseguiu. Sérgio Molina dá aulas na Faculdade de Música, a Míriam Maria só acompanho mesmo via facebook, junto com toda aquela mulherada nervosa que tocava junto com o falecido itamar Assumpção, outro gênio, que eu vivia enchendo o saco do Zé, dizendo que o “Nego Dito” era um tipo de BK da música brasileira!!! Tudo gente com um PUSTA TRABALHO, e continuam no circuito alternativo, de nicho!!!!!

E aí?!

Adianta sim: é isso que precisa, não adianta é ficar mimimi, vou pesquisar, mimimi, o que que é bom? porque no fundo todo mundo sabe e reconhece o que é bom (no sentido popular) ao ver, se tu escreveu a merda e desenhou a merda, espera um pouco e olha pra coisa e tu vai SABER que é ruim. quando tá bom mesmo o cara olha e reconhece. exige abrir os olhos e não se iludir. não parece fácil, mas é simples. mimimi, o que o pessoal quer? não adianta porque o leitor NÃO SABE O QUE QUER. não tem noção. nunca teve. cabe ao editor ou autor fazer o negócio bom que o leitor MONGOL não sabe que quer.

critérios pra historia ser bem feita:
desenhos excelentes é bastante objetivo, não é? não preciso nem citar.
mas vamos ao texto e roteiro:
simples, roteiro fechado, sem ficar enrolando com continuações e sem clones de historias modinha. história que termina na mesma edição. mas se tu pegar todas as histórias seguintes e ler na sequencia elas formam uma história maior.
o próprio bk já dissecou o que torna o roteiro e o texto bons:
ser bem escrito, sem erros.
ter lógica e coerencia interna. o autor não tira magicas e soluçoes do nada.
original e engenhoso, surprende pelo simples fato de não repetir o de sempre, mesmo que não seja 100% original, desde que use algo que não é visto há um bom tempo.
quanto a criação dos personagens o bk também já demonstrou e existem varias formas comprovadas de se fazer:
protagonista adequado ao publico alvo, com amigo ou amiga gostosa, dinossauro de estimaçao, etc. com caracteristicas e peculiaridades interessantes e defeitos agradaveis. posso citar varios exemplos. não vou.

dificil execução o cacete. basta um minimo de inteligencia.
os americanos e japoneses estão fazendo isso TODO DIA. não precisa ser nenhum genio. é só ser operario.
nível ray bradbury. ray bradbury escrevia mal pra caralho.
decidiu fazer uma história curta por semana pra aprender. em um ano fazia 40 ou mais com esse metodo. matematicamente IMPOSSIVEL fazer 40 historias pessimas. umas 3 ou 4 vao ser boas. em tres anos tem um livro. com o tempo vai ficando melhor.
metafora é obvio, não precisa ser genio tambem pra entender: http://www.isfdb.org/cgi-bin/title.cgi?751881
acontece que nossos escritores e desenhistas sao semi-analfabetos. não pensam. praticamente animais irracionais. vao fazendo sem pensar, vão largando merda. é preciso um minimo de mentalidade. os que pensam um pouquinho pra criar o personagem, depois de criar são dominados pela vagabundagem e deixam de lado a parte mais dificil e operaria, que é escrever.

mil nomes é um bom projeto, infelizmente é mal escrito e repleto de erros básicos e crassos por pagina, chega a ter 30 erros de digitação em uma unica pagina, o que é um absurdo e caga a obra que no mais estava bem boa. faltou uma revisão decente. além disso bk é didatico e prolixo demais, repete diversas vezes a mesma ideia e explicação que poderias ser mostrada de forma mais curta e direta, caracteristicas de um iniciante.

multiplataforma é basico também, mas já é AVANÇADO DEMAIS pra nosso animal irracional nacional. princesas do mar do yabu é justamente isso, feito pra vender brinquedinho, desenho, caderno, etc. funcionou, é besta, é bobo, mas foi pensado pra isso e cumpriu o que ele queria que cumprisse. básico do básico, fácil, yabu enxergou o que os demais não estão enxergando. e ele está longe de ser um genio.

menos teoria e mais prática.

postem seus projetos e demonstro com 100% de certeza o que está errado e mostro o que fazer para consertar e funcionar.

e esses autores citados que são teoricamente de qualidade, mas não obtem sucesso, é simples a solução:
tem que ser popular. e ter qualidade de verdade. tem que mostrar umas tetas no meio da história. alan moore de novo: demonstrou que ate pornografia pode ter qualidade.

Aproveitando que o tópico deu uma parada pra voltar com ele às minhas atividades aqui no fórum.

O que eu acho que poderia dar certo na produção de quadrinhos nacionais ?
Brindes junto com a revista, mas nada de cs,dvds e miniaturas xumbregas, mas uma real doll da Sasha Grey, automatizada e com uma capacidade de sucção semelhante à original e eu comprava até as tosqueiras do CQB, Emir e cia.

Spoiler:

Tá , falando sério, não vou falar em gêneros pois creio que cada qual pode encontrar seu público, ainda mais num país com dimensões e população continentais.
E deixando de lado o desenho , que deve ter o mínimo de competência gráfica, enquadramento e tal, creio que na parte narrativa uma pedra angular seria o domínio dos diálogos.

Mas tal domínio num nível de profundidade que vai muito além das sacadas espirituosas e frases de efeito e mergulhe no âmago da linguagem.
Há casos em que ao se agir sobre parte da estrutura, todo o resto acaba entrando no alinhamento, como quando o cara que ao tratar da má postura se livra das dores na coluna, da má digestão, dor de cabeça, melhora a circulação, asma e problemas que nem pareciam diretamente envolvidos com o tratamento inicial.
Tenho visto hqs que possuem bons desenhos e até boas ideias, mas diálogos medíocres, redundantes ou incoerentes que colocam tudo a perder.

O diálogo é sintomático, como o desenhista que não sabe desenhar mãos e faz todos os personagens sempre que pode com as mãos no bolso.
É meio óbvio que se os personagens não sabem ser claros e se expressar, é sinal de que a pessoa por trás deles também não sabe, o que se reflete em todos os campos da narrativa.

Produzir bons diálogos não necessariamente significa produzir monólogos shakespearianos, ou intelectualizar conversas de boteco.
É saber quando entra o rebuscado e cerebral e quando o desencanado, enxuto ,mas eficiente, dão conta.

Dominar a arte do diálogo em profundidade é importante até pra se produzir um hq sem nenhum diálogo, pois ter absoluto domínio sobre o como usar é saber também quando não usar. Saber quando o dialogo é só entre leitor e autor e a palavra substituída pelas imagens.

Na minha opinião este tipo de abordagem do problema narrativo das hqs seria importante..
Mas a real Doll da Sasha seria fundamental !!!


Ao menos enquanto os clones e replicantes dela não estiverem disponíveis no mercado.